sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Post mesmo mesmo sério, para variar!



Uma de entre algumas pessoas por quem nutro grande afecto e admiração é a minha avó.



Considero-a uma lutadora que apesar de ter ficado precocemente sem o seu companheiro, e dadas as circunstâncias da vida, conseguiu superar os obstáculos e educou e bem as duas filhas ainda crianças.



Cresci sempre a ouvir o mesmo discurso, "não tenhas filhos, as crianças tiram o sono e dão muito trabalho!", já nem sequer atribuía importância de cada vez que o assunto era o futuro familiar.

O sentimento que ela me transmitia era o de frieza causado por um passado dificil de alguém que além de ter de dar afecto e educação também teve de "maquilhar" a dor de perder a pessoa que escolheu para a vida.



Numa familia materna onde reinam os filhos únicos, já que na paterna, quantos mais melhor, e o lema é, vamos lá fazer filhos e aos pares é mais fofinho,  sempre vislumbrei o futuro com alguma solidão até ao nascimento do meu irmão em que a regra da minha avó (poucos filhos ou nenhuns) foi quebrada e trouxe um espécie de "maldição" porque o miúdo parecia possuído pelo demónio da rebeldia e contradição.



Tudo mudou, e ela também! A grande surpresa foi quando agora na casa dos 80 a minha avó "amoleceu" e já nos pergunta (a mim e ao meu primo) quando é que temos filhos.

Claro que estamos os dois em choque com esta nova versão da nossa avó! No caso dele a opção é não ter, quanto a mim... who knows?



- Qual é a parte que as pessoas não percebem que para se ter filhos é preciso ter um pai?

Não me venham dizer que é muito giro uma produção independente, porque na minha opinião e vale o que vale, ter um filho é um "trabalho" de equipa e não uma aventura solitária, salvo as excepções como a minha avó que não teve direito de escolha.



P.S. Andar sempre com as maminhas de fora, não dormir, o choro, os cheiros característicos do vomitado, necessidades físiológicas e ostentar grandes nódoas de baba, não é coisa que me alicie a ter diabinhos em forma de pessoas nos próximos anos.

5 comentários:

Mac disse...

Não se preocupe o desejo de ser mãe ou pai aperece naturalmente, se tiver de aparecer claro!

Bons sonhos

Sofia disse...

Mac,

Obrigada e igualmente! :)

Mariana marciana disse...

Tens toda a razão, educar uma criança TEM que ser um trabalho de equipa a pessoa ao teu lado pode até deixar de "ser tua" mas convem que seja alguém que compreenda que um filho não é propriamente como um coelhinho de estimação que depois se pode devolver à loja!lol
Eu também sofro desse dilema, ainda não conheci o homem meus sonhos, nem o pai do meu filho.
PS_ eu até gostava que fossem a mesma pessoa LOOOOL

Algures disse...

É umas das coisas que ciclicamente vem à baila... "Então e namorada?" ou "Então e filhos?"...
Sem dúvida que era algo que eu gostava de ter definido na minha vida, mas isto não é "vou ali arranjar uma namorada e tratar de ter um filho!". As coisas não são assim tão simples... Ter um filho é uma grande responsabilidade e a partir do momento que ele existe, passa a ser uma prioridade, com todos os sacrifícios que isso implica. E para isso, é importante que seja a dois, até porque, e bom para a criança crescer com um pai e uma mãe...
Quanto ao desejo de se ser pai ou mãe, acreditem que o "relógio biológico" ataca nos dois lados...

Sofia disse...

Mariana Marciana,

Pois, convinha que fosse 2 em 1 neste caso! :)

Algures,

Acredito que sim, o relógio não é só previlégio feminino e é óbvio que considero a presença dos dois importante.