A pessoa vai à janela de manhã para ver como está o tempo. Depara-se com um tempo chuvoso e pessoas que vestem casacos e gabardines. A pessoa decide levar um poncho quente e uma camisa fresca mas deveras transparente (noites mal dormidas). A pessoa pensa que logo chegará bastante tarde e um casaco será o ideal para quando tirar o poncho caso não queira desfalecer na aula devido ao calor e para não ter os colegas a falar para os olhos situados 20cm imediatamente abaixo do pescoço.
A pessoa sai para a rua. A pessoa sente muito calor com o poncho e decide vestir o casaco castanho de uma loja do grupo Inditex, para tapar as vergonhas da transparência da camisa que veste por debaixo do poncho quente. A pessoa começa a deitar gotas de água salgada pela pele. A pessoa desespera e vai de parar no Chiado para comprar uma camisola menos quente numa loja do grupo Inditex. A pessoa sabe que estacionar em Lisboa não é fácil e espera pacientemente mais de trinta minutos por um meio lugar. A pessoa dirige-se à loja do grupo Inditex já com o casaco castanho numa mão e com várias camisolas na outra . A pessoa apaixona-se loucamente por umas calças, mas não perde o seu alvo de vista, a camisola menos quente. A pessoa no meio do despe e veste perde o seu casaco castanho de uma loja do grupo Inditex. Pergunta educadamente à empregada da loja se não teriam entregue um casaco castanho que a pessoa perdeu. Mas ninguém encontrou o casaco castanho da pessoa porque devia haver na loja do grupo Inditex umas boas dúzias de casacos castanhos iguais ao seu. A esta hora já alguém comprou um casaco castanho usado e a pessoa teve de comprar um novo, exactamente igual ao seu. E no fim. No fim a pessoa foi a casa tomar banho e mudar de roupa, porque há dias que são dias NÃO.
Este post tem o patrocinío do grupo Inditex. Esses que vendem casacos castanhos usados com cheiro de perfume, com um ou outro fio de cabelo, com ADN e células epiteliais da pessoa.
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