quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Faz hoje alguns anos que me casei. Não foi de longe o dia mais feliz da minha vida porque felizmente tive datas mais importantes na minha vida do que o dia do meu casamento. Foi sim um dia muito divertido em que tirando a minha querida sogra que viu o filho sequestrado por uma bruxa má, ou seja eu, esqueceu-se ela que foi uma bruxa má que o criou, enfim, todos se divertiram. Não foi um casamento de arromba, foi apenas a celebração de uma união que já existia há uns anos e francamente se não fossem os religiosos da família como o meu pai e avó a falarem no assunto acho que tinha ficado pela união de facto.E se soubesse das chatices que daí viriam com partilhas, casas, escrituras, animais e etc, não tinha mesmo casado. 
Gostava de ser como aquelas raparigas que idealizam tudo ao mais ínfimo pormenor, desde o vestido, entrei numa loja, disse o que queria, vesti, fiz uma alterações porque era tão normalzinho que metia dó e voilá. Não tive meses de volta das revistas, sites nem nada que se pareça. Muito romântica, portanto.
É só mais um dia que passa a correr, que não comemos nada mas vemos as coisas a passarem-nos pelo nariz. É só mais um dia em que temos de dar atenção a muita muita gente com uma equipa de chatos (fotógrafos e cameramens) a chatearem-nos até ao tutano. É só mais um dia em que envergamos alguns dez kilos de roupa branca e com 42ºC que estavam, podem imaginar a cara de cachorrinho vadio a olhar para a piscina com vontade de me enfiar lá dentro com o suspiro vestido e tudo.
Se foi uma aposta errada. Não! Não foi nenhuma aposta, foi uma continuação de uma relação que enquanto foi boa, foi muito boa, mas quando arrefeceu ficou apenas a amizade. E já se sabe que viver com amigos é giro e tal, mas falta o sal e a pimenta do amor e da paixão. 
Assim foi cada um para seu lado, a amizade ficou durante um tempo mas quando uma das partes quer mais do que a amizade, seja por teimosia ou por outra razão qualquer o bom entendimento perde-se e só resta manter a distância para que não existam falsas esperanças e mal entendidos.
Para ele desejo toda a sorte do mundo porque a merece e para a mãezinha dele que arranje uma nora a sério. Daquelas que não engolem sapos, nem aturam birras e ainda lhe faça uma serenata com a conhecida música dos Mata Ratos *.
Mas volto a casar. Ai volto, volto.


 Mas só com ele... Já que o Clive tá dificil de perceber onde é que está a felicidade dele.

* "A minha sogra é um boi."

Sem comentários: