Mesmo nas condições mais adversas não podemos perder a postura. E foi exactamente o que aconteceu quando cheguei à estância para levantar a prancha e as botas.
É verdade que os ténis não aderem, mas existem escadas, logo nem me preocupei com pormenores. Pois que a estância é muito abaixo da estrada e também é verdade que nevou e ninguém se lembrou de limpar os degraus.
Vai uma rapariga, esperta como só ela a descer e depara-se com a iminência do perigo de partir todos os ossos da bacia (sempre gostei deste termo) e ficar dependente tempos infinitos.
Claro que houve logo quem me explicasse qual a maneira mais fácil de descer com um exemplo prático para que não restassem dúvidas. Uma criança de não mais de 5 anos que estava com a mãe convenceu-me a descolar as mãos que nem por nada queriam largar o corrimão e descer de escorrega no local que era suposto estarem escadas em vez de neve, em direcção à estância. E quando digo em direcção à estância é mesmo perto de entrar de pernas pelo vidro da porta com o balanço de quem vem de um escorrega com 8 metros de gelo.
Uma classe...
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