terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

(de momento não há inspiração para títulos)

A pessoa sai de casa feliz, contente e com frio com destino a mais um dia de rotina.
Quando se aproxima da bomba de gasolina, ainda que feliz e contente, mas ligeiramente desconfiada de um zumbido familiar que pensa ser consequência de uma noite longa, com horas de sono a mais, feliz e contente sai do carro para abastecer lançando um olhar de relance ao pneu. A pessoa farta de conhecer motoristas de reboques perde o olhar feliz e contente que substitui pelo irritado, furioso e espantado.

Estou quase no limite da minha paciência e começo a achar que não é normal em tantos anos de carta nunca ter tido nenhum furo e num espaço de um ano e um mês já vamos em meia dúzia.
Amanhã vou visitar os senhores da oficina de pneus e ter um tête-a-tête sobre a possibilidade de fazermos uma avença a ser ressarcida em géneros, neste caso pneumáticos.
Claro que não me livro do autocolante de "naba" e do slogan "Ai foram só uns metros? Hãn hãn!".
Vou também travar conhecimento com mais um motorista de reboques e ter novamente a conversa do tempo, do trânsito e de que "A menina tem de se desviar dos buracos"ou seja "maçarica" ou seja "devias era conduzir tanques de guerra e não carros normais", porque este ano já é a segunda vez e mi mi mi mi mi.

De maneiras que quando disse em pensamento aquelas asneiras todas sem vírgulas nem pontos finais não foi por mal, é mesmo porque me irritam muito, mas mesmo muito, os imprevistos matinais. A Lei de Murphy foi decerto inventada por alguém que conduzia um Smart. F#d@-s%!  

8 comentários:

Anónimo disse...

Desconfio de esquema de mecânico.
Aconselho a mudar de oficina.

Homem

Sofia disse...

A minha desconfiança passa pela qualidade e estado dos pneus. Como não gosto que me passem um atestado de estupidez amanhã vou resolver esse assunto de uma vez por todas.

Anónimo disse...

Tenho carta desde os 20 anos, nunca furei um pneu.
Certo dia fui ao representante para pintar uns riscos num para-choque e 20 metros após sair dou conta de um som estranho. Regresso ao mesmo, e eles descobrem um parafuso enfiado num pneu.
Reclamo que é inaceitável sair de uma oficina com mais problemas do que entrei.
Resolvem sem trocar pneu.
Três dias depois pneu em baixo.
Telefono a reclamar, e regresso ao mesmo.
Segundo os mesmos tinham-me roubado uma válvula do pneu ( eram pneus run-flat).
Se há ligação não sei, mas reclamei e não paguei .

Homem

Sofia disse...

Como já tinha dito anteriormente faz muita falta uma presença masculina para reclamar e tratar destes aborrecimentos.
É um ramo de negócio com excesso de testosterona. :)

Anónimo disse...

Compreendo, diria mais que conhecem mais a linguagem da força.
Do muito que lidei com eles, há que manter sempre semblante sério e impenetrável, e nunca mostrar fraqueza, pois do lado de lá é só artistas.
A par destes, os taxistas são outra classe muito sui generis.

Homem

Sofia disse...

Dos últimos nunca tive razão de queixa. Tirando talvez a condução calma e relaxante com que nos brindam diariamente na rua.

Anónimo disse...

Referia-me aos que usei, normalmente no aeroporto de Lisboa e para percursos curtos.
Desde ilegais, drogados, malcriados, e conhecendo o percurso e o custo normal, os aldrabões com caminhos bem mais longos...enfim .


Homem

Sofia disse...

Sei que existem mas até hoje não me cruzei com nenhum.

Só uma vez tive medo de um porque fiz a A5 com a sensação de que o senhor estava ao volante de um formula 1 (um carro prestes a desfazer-se) e a qualquer momento ia bater nos separadores sem dó nem piedade.