quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Aos sete dias do mês de Setembro do ano de dois mil e onze realizou-se mais um episódio cómico-trágico entre o meio automóvel da marca que já conhecemos e a sua condutora.

A Sofia chega à universidade e fecha o carro.
O carro pisca muito como as montras dos chineses no natal, mas trancou.
Sofia passa horas infindáveis na faculdade a ver se mete alguma coisa na caixa cerebral.
Sofia volta ao carro e abre-o mas algo de estranho acontece.
Sofia franze o sobrolho porque são onze da noite e não é hora de ligar para ninguém quanto mais para encontrar oficinas abertas.
O carro continua a piscar as luzes sem parar e a abrir e fechar as portas sozinho.
Sofia dá à chave e ele acalma.
Sofia vai até casa a pensar na vidinha dela e como será desconfortável passar a noite dentro do carro, mas ainda tem esperança que até casa ele se arrependa dos nervos que lhe está a provocar e fique sossegado até ser hora de abrir a oficina.
O carro é um ser desobediente e continua naquele disparate sempre que se tira a chave da ignição.
Sofia pensa que deverá ser algum mau contacto ou fusíveis ou qualquer coisa grave na parte eléctrica mas também como não percebe nada de carros não vale de nada ter opiniões.
Seguidamente Sofia liga para o simpático (e já vão ver como ele e simpático) mecânico que não atende.
Liga uma, liga duas, liga três e desiste porque não é hora de ligar a ninguém a não ser que seja alguma coisa de saúde.
O carro é uma árvore de natal na escuridão da noite e Sofia é uma prisioneira desesperada.
Sofia faz uma derradeira tentativa de contacto com Miguel e ele atende.
Sofia desfaz-se em desculpas e explica o sucedido.
Miguel ri-se e faz o diagnóstico.
Falta de pilha...portanto. 

Não vou explicar a dificuldade que é comprar uma pilha pequenina, mas mesmo pequenina às onze e muito da noite, porque não a consegui comprar. Tinha uma antiga que foi o que me salvou de dormir num carro possuído por um poltergeist, ao som do abre e fecha do fecho centralizado.

Quem é que precisa de férias, quem é?

2 comentários:

Anónimo disse...

Até a tecnologia, senão lhe são satisfeitas as necessidades ou direitos, se queixa.
Ideologicamente falando, temos de ser uns para os outros senão teremos que responder a protestos em alturas inconvenientes.

Homem

Sofia disse...

Depois deste comentário sinto que falhei com o meu pequenino.

:) vou-me açoitar.