quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Dúvidas

Do alto da minha estupidez, própria de uma miúda de vinte e três anos que acaba um relacionamento de alguns anos com um verme, decidi fazer uma tatuagem com um grupo grande de amigas. Não interessa para o caso mas a maioria acobardou-se e só apareceram três, sendo que uma desistiu e só fiquei eu e a Verónica. Escolhe desenho, desiste do desenho, gosta do desenho, afinal não gosta assim tanto do desenho, lá me decidi por uma rosa. 
O tatuador era de Cascais e muito parecido com os ZZ Top com uma Harley cheia de caveiras roxas, estiloso portanto. Tratava-nos tu cá, tu lá, e ia dando palpites de bradar aos céus. Sugeria-me que fizesse um escorpião na barriga (um escorpião para quê? Sou capricórnio. E depois na barriga que é um sitio que nem ganha estrias nem nada), à Vera um peixe nas coxas e à Verónica uma índia na omoplata. Já se sabe que três gajas indecisas são pior de aturar do que uma matilha de chiuauas desorientados, e as opiniões dele também não nos ajudavam em nada. 
Fiz uma rosa preta na omoplata que ele por iniciativa própria achou que ficava gira inclinada. É daquelas coisas, se fosse hoje tinha ficado quietinha porque é tudo muito giro e tal, mas agora ando com uma mancha verde de treze anos, inclinada, e ninguém me explicou que a brincadeira requeria manutenção, que ao que parece dói e não é pouco. Maneiras que ou a aumento para disfarçar ou tiro a laser ou esqueço até ao verão que é quando alguém se lembra de dizer que tenho de ir retocá-la.  Estou nesta indecisão.





2 comentários:

Anónimo disse...

Esperemos pela decisão...já que não pretendo fazer papel de tatuador, nem de médico que necessita de negócio.

Homem

Sofia disse...

Em qualquer dos casos é para pagar e doer :(