terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Não sou assim muito de chorar com as coisas da vida real. A sério que me mantenho fria e inabalável.Ou pelo menos tento que não percebam o que vai cá dentro. Com os filmes, já as coisas são diferentes, lamechas é o meu nome do meio numa sala de cinema.
Foram raras as vezes que a minha mãe me viu chorar. Nem pelo meu primeiro desgosto amoroso aos 18 anos, em que esperava que os meus pais saíssem para começar o pranto e aliviar aquela dor que pesava no peito e fechava a garganta. Foi uma espécie de fim do mundo interior.
Com os animais já é a segunda vez que ela me apanha a chorar porque desde ontem que não consigo conter as lágrimas quando me lembro ou falo do cão e já fui vista assim por duas pessoas no local de trabalho. Se há coisa que me irrita é que me vejam a quebrar a armadura.
Esta coisa da idade não perdoa nada, raios te partam.

4 comentários:

Anónimo disse...

Chorei poucas vezes, ou melhor recordo poucas vezes.
Quando vi o ET pela primeira vez.
Quando vi o Champion pela primeira, segunda...desisti de ver, perdia sempre :)
Meses depois do meu pai morrer e depois em alturas importantes da minha vida, com ele em mente :
-fim da licenciatura
-juramento de bandeira
-primeiro voo solo

Não sei como será quando o resto da minha família nuclear onde os meus cães se inserem, morrerem.

Homem

Sofia disse...

Homem,

Não posso dizer o mesmo. Todas as semanas choro numa sala de cinema, e sobre este assunto por mais que me esforce não consigo evitar.
Os choros memoráveis têm sempre em comum a perda e na sua maioria pelos animais. Não quero sequer pensar em perder pessoas.

Algures disse...

Chorar por vezes liberta-nos, já o sentimento de perda acompanhar-nos-á sempre, embora possamos aprender a "viver" com ele...

Força Sophiezinha...

Sofia disse...

Algures,

Não temos outra opção.

:)